De acordo com Cheong Seong-chang, pesquisador sênior do Instituto Sejong da Coreia do Sul, não há muitas motivações para Pyongyang iniciar um diálogo neste momento com Washington. É provável que o sétimo teste nuclear e um novo teste com um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) em 2018 ocorram antes de qualquer debate.
"Não há razões para que a Coreia do Norte comece a conversar agora", disse Cheong em um fórum de segurança hospedado pelo Institute Sejong, um grupo de pesquisa de segurança em Seul, citado pelo jornal Korea Herald. "No futuro previsível, a perspectiva de negociações diretas é de zero".
Para o pesquisador, o foco do governo norte-coreano é alcançar o “equilíbrio nuclear” com os EUA, algo que ainda demanda um “longo caminho a percorrer” por parte de Pyongyang.
Na última terça-feira, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, ofereceu-se para iniciar negociações diretas com a Coreia do Norte sem condições prévias, uma proposta parecia desviar-se da posição anterior de Washington de que Pyongyang deve primeiro abandonar seu arsenal nuclear para que as negociações ocorressem.
Enquanto o último lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-15 mostrou "progresso tecnológico", Pyongyang ainda precisa mostrar uma capacidade de ataque nuclear mais avançada contra os EUA, e eles poderiam detonar uma bomba de hidrogênio no Pacífico no próximo ano para alcançar o objetivo, destacou Cheong.
A inteligência sul-coreana já adiantou que há a possibilidade da Coreia do Norte realizar mais um teste nuclear ainda em 2017, o que seria o sétimo da história do país. O mais recente aconteceu em 3 de setembro, e teria sido com uma bomba de hidrogênio, segundo Pyongyang.