Mídia: EUA e Rússia fazem jogos muito perigosos nos céus da Síria

© Sputnik / Ministério da Defesa russo / Acessar o banco de imagensPiloto de caça russo Su-30 da Força Aeroespacial russa durante missão militar na Síria
Piloto de caça russo Su-30 da Força Aeroespacial russa durante missão militar na Síria - Sputnik Brasil
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Ultimamente, no céu da Síria se registram mais casos de manobras perigosas dos aviões militares russos e norte-americanos. Entretanto as versões da Rússia e dos EUA sobre os acontecimentos se distinguem. Ambos os países estão trocando acusações.

De acordo com o The National Interest, a troca de acusações entre a Rússia e os EUA é o prelúdio para o jogo "quem vai temer primeiro" em que frequentemente perdem ambas as partes. 

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O F-22 norte-americano e o Su-35 russo quase colidiram nos céus da Síria, informa o The National Interest.

"Todavia, os amadores da aviação bem como os nacionalistas que promovem a ideia sobre o combate aéreo entre caças russos e norte-americanos ficarão desapontados: tais combates não existem. Por enquanto", afirma a edição norte-americana.

Os EUA abateram um caça sírio, a Turquia um caça russo, mas os EUA e a Rússia só "observam" um ao outro. 

Mas na semana passada conforme referido no artigo do The New York Times, dois bombardeiros norte-americanos A-10 escaparam de uma colisão com o bombardeiro russo Su-24. Voando em velocidade máxima, os caças se aproximaram um do outro a uma distância de cerca de 90 metros. Os jatos norte-americanos foram forçados a alterar a direção para evitar a colisão. 

Mais um incidente ainda mais perigoso ocorreu quando o Su-24 sobrevoou os grupos apoiados pelos EUA 3 vezes em 20 minutos. De acordo com os militares norte-americanos, os dois caças F-22 tentaram estabelecer o contato com o caça russo, mas sem resultados. Entretanto, a publicação acrescenta que eles "demonstraram moderações, embora pudessem abrir fogo para se defender". 

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Os oficiais norte-americanos acusaram a Rússia de violações do acordo que regula os voos de aviões de ambos os países sobre o Eufrates. 

De acordo com a edição, a versão russa é completamente diferente. O representante do Ministério da Defesa, general-major Igor Konashenkov, afirmou que em 23 de novembro o "caça F-22 impedia ativamente que os dois jatos russos Su-25 cumprissem o objetivo militar de liquidação de um ponto de controle do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia] nos subúrbios da cidade Mayadeen".

O The National Interest também indicia que houve uma "declaração perigosa" por parte da Rússia sobre que "após o surgimento do caça multifuncional russo Su-35C, o caça norte-americano suspendeu as manobras perigosas e se afastou para o espaço aéreo do Iraque". 

Em outras palavras os EUA declaram, sem ameaças diretas, que têm o direito de abater os caças russos que atacam ou sobrevoam os grupos apoiados por eles na Síria. Entretanto, a Rússia está afirmando que os caças norte-americanos não tem direito de ficar no espaço aéreo da Síria e isso "significa supostamente que caças norte-americanos podem ser liquidados legalmente". 

Tudo o que acontece, de acordo com a publicação, lembra o prelúdio para o jogo "quem vai temer primeiro" em que na maioria dos casos perdem ambas as partes.

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