Em comentário feito para a Sputnik Brasil, o físico e astrônomo Marcelo Souza, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e presidente do Clube de Astronomia Luiz Cruls, explica por que a passagem do corpo celeste está sendo vista como próxima da Terra:
"Em Astronomia, os números têm outra dimensão. Nós estamos habituados a ouvir falar em distâncias na Terra, mas, no que diz respeito ao espaço e ao universo, a conceituação tem de ser entendida de outra forma."
Marcelo Souza dá exemplos: "A distância média Lua-Terra é de aproximadamente 384 mil quilômetros, e a distância média entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros. Assim, quando se fala em 10 milhões de quilômetros, é bem menos do que a distância entre a Terra e o Sol. Por isso, no caso desse asteroide, os cientistas afirmam que ele passará perto da Terra."
O astrônomo garante não haver a menor possibilidade de erro de cálculo para esta data de 16 de dezembro, nem o menor risco de o Phaeton colidir com a Terra:
"Não há risco algum de erro. Estamos próximos da data, a aproximação do asteroide da Terra está confirmada para este sábado, 16 de dezembro, e ele não vai mudar sua órbita de um dia para o outro. Assim, mesmo passando próximo do nosso planeta, não haverá qualquer risco de impacto."
Segundo a NASA, a passagem do 3200 Phaeton pela Terra só poderá ser acompanhada em dois pontos do planeta, os observatórios astronômicos de Arecibo, em Porto Rico, e Goldstone, na Califórnia. No Brasil, a visualização só será possível a partir do momento em que as imagens forem postadas na internet.
E no campo da astrologia, o que dizem os astrólogos? O que pode ocorrer com as pessoas, devido ao fenômeno da passagem do 3200 Phaeton?
O astrólogo Carlos Hollanda, autor do livro Trânsitos Planetários, fundador, diretor e professor da Astroletivas – Escola de Astrologia, afirma que a passagem do Phaeton pela Terra não afetará o comportamento humano, mas alerta para um fato astrológico simultâneo:
"Na verdade, a passagem de um corpo celeste que não pertença ao Sistema Solar (como é o caso desse asteroide) não é normalmente registrada como um alterador de circunstâncias e possibilidades."
"No entanto", observa o astrólogo Carlos Hollanda, "é curioso que esse asteroide esteja passando pela Terra justamente no momento em que o planeta Saturno entra num signo (Capricórnio) do qual ele é o regente. Essa coincidência é muito interessante porque muitas vezes o ingresso de um planeta num signo com a importância que Saturno tem para Capricórnio vem acompanhado de um fenômeno astronômico, geológico ou mesmo social – ou a ocorrência de tudo isso junto."