O impasse na área de Doklam começou em meados de junho quando na região, considerada pela China como parte da Região Autônoma do Tibete, soldados chineses iniciaram trabalhos de construção. A Índia, por sua parte, deslocou tropas para a área a fim de defender seu aliado Butão. Como resultado, as tropas do exército chinês e da Índia ficaram a uma distância de apenas algumas centenas de metros.
No início de outubro, surgiram novas notícias de que a China estaria novamente deslocando forças para a área de Doklam e, pela aparência das instalações lá montadas, parece que o PLA vai permanecer no lugar.
Na segunda-feira passada, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, teve um encontro com seu homólogo chinês Wang Yi, que afirmou que os dois países devem "aprender a lição" após o impasse, pois este perturbou as relações bilaterais.
"O ministro das Relações Exteriores [indiano] e o chanceler chinês sublinharam o desafio que [o impasse] representou para as relações, expressando satisfação por ter sido resolvido com a retirada das tropas por meio de comunicações diplomáticas", afirmou o porta-voz indiano, Raveesh Kumar.
Mas, se a lição foi aprendida, vem a pergunta: por que é que Pequim está outra vez concentrando tropas na área de Doklam?
Esta não é a primeira disputa na fronteira entre a China e a Índia. Em 1962, um conflito em torno da região de Aksai Chin levou a confrontações entre os militares dos dois países, resultando na morte de milhares de pessoas em um mês.