Shannon Gormley afirma no seu artigo no Ottawa Citizen que tudo começou com o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, que foi primeiro a intuir que não é bastante ter armas nucleares para preservar o regime. Após isso, os melhores estudantes norte-coreanos começaram a passar cursos de formação em informática na China.
Inicialmente eles não preocupavam ninguém. Mas, já em 2014, de acordo com a autora, os hackers obtiveram uma grande quantidade de dados pessoais de empregados da Sony.
Estima-se que os hackers agora roubem milhões de dólares anualmente para o regime. Mas o problema não é o dinheiro.
De acordo com a autora, o regime pode desligar redes sociais, bem como infiltrar sistemas financeiros. Nesta primavera, a Grã-Bretanha entrou em pânico após os seus sistemas informáticos hospitalares terem sido desativados. O governo britânico acha que foram os hackers norte-coreanos que testaram as suas capacidades de paralisar elementos vitais da infraestrutura do país.
O problema aqui é que os países ocidentais não podem monitorar os hackers norte-coreanos ou penetrar a rede norte-coreana, porque está praticamente desligada da rede global, o que protege o regime.
Shannon Gormley chega à conclusão que a ameaça nuclear da Coreia do Norte pode ser algo terrível, mas que a ameaça cibernética não é menor. Os países ocidentais não podem conter nenhuma delas.