Alessandro Patruno, da Universidade de Leiden (Países Baixos), explicou que em resultado do estudo os cientistas descobriram que os planetas podem se formar perto de pulsares após a morte da estrela a partir de seus "destroços", o que por sua vez levou os cientistas a pensar se estes mundos possuem ou não atmosfera e se formas de vida mais primitivas poderiam sobreviver em sua superfície.
Patruno e seus colegas da Universidade de Cambridge resolveram conferir estudando as particularidades de três planetas girando em torno do pulsar PSR B1257+12. Todos estes mundos pertencem a planetas do tipo da Terra e podem possuir atmosfera e reservas de água consideráveis.
Os pesquisadores mediram a potência desta radiação e a quantidade de partículas. Segundo os resultados, os planetas situados a uma grande distância de pulsares, cerca de 2 a 5 unidades astronômicas, poderiam aguentar sua ação.
Contudo, isso é válido somente para os planetas grandes, com um campo magnético tipo "terrestre" e uma atmosfera densa dificultando os raios X e as partículas de atingirem sua superfície.
Segundo explicou Patruno, os últimos dois planetas girando ao redor do PSR B1257+12 estão situados perto da "zona de vida", onde a água pode existir em estado líquido graças ao calor do planeta causado pela radiação X e partículas da alta energia.
Levando em consideração que os pulsares da Via Láctea contam com 10 milhões de planetas, ao redor de "estrelas mortas" podem existir mundos potencialmente habitados.