Os especialistas notam que não há motivos para acreditar que a Rússia quer um conflito militar de grande escala, por isso, em seu estudo, os investigadores partiram do princípio que o objetivo principal do exército russo é a proteção de seu país, de grandes cidades e de centros industriais.
As reformas dos últimos anos, indicada na pesquisa, permitiram manter um alto poder de combate da maior parte das tropas terrestres do exército russo, reduzindo o número de efetivos.
Em caso de um conflito armado, as tropas russas vão tentar evitar uma batalha decisiva com forças equivalentes do inimigo, usando todo um leque de mísseis de longo alcance de base terrestre, aérea e marítima.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar, Boris Rozhin, nomeou tais avaliações de objetivas.
"Lá, [nos EUA] há uma brecha: a propaganda política contra a Rússia exige descrevê-la como uma nação agressiva; contudo, quando analistas elaboram relatórios sobre as capacidades reais do exército russo, eles recebem os dados mais objetivos. As pesquisas apontam para o progresso da Rússia em questões de rearmamento e revelam suas capacidades reais, que não têm como objetivo realizar guerras agressivas contra a OTAN. É óbvio que a Rússia é inferior em número e em termos de recursos totais do que todos os integrantes da OTAN juntos. Mas a Rússia não visa se envolver em algum conflito armado, diferente da OTAN. A Rússia está cumprindo tarefas de defesa estratégica e de resposta adequada às ameaças militares, difundidos pelos EUA e pela OTAN em suas fronteiras ocidentais. Os países ocidentais compreendem isso. Eles reconhecem que o exército russo evoluiu drasticamente em comparação com as décadas de 90 e 2000, e suas avaliações são mais objetivas", assinalou Boris Rozhin.