O posto de abastecimento naval russo situado em Tartus pode ser ampliado até 24 hectares, afirmou o vice-ministro da Defesa russo, Nikolai Pankov.
Nesta quinta-feira (21), a Duma de Estado da Rússia ratificou o acordo para ampliar a base naval russa.
O acordo entre a Rússia e a Síria tem caráter defensivo e não é dirigido contra outros países, assinala o documento. Também está previsto que simultaneamente no porto de Tartus podem permanecer até 11 navios militares russos, incluindo de propulsão nuclear.
O acordo vigorará por 49 anos com a possibilidade de seu prolongamento automático por períodos de 25 anos.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em ciências políticas Dmitry Evstafiev opinou que o posto de abastecimento e manutenção russo na Síria se tornou uma verdadeira base naval.
"A decisão sobre a ampliação da base russa em Tartus é bem lógica porque, no momento, ela não é bem uma base, mas sim um posto de manutenção técnica. A partir de agora está sendo desenvolvida uma base militar completa que, obviamente, exige outro nível de infraestrutura e de manutenção logística e tecnológica", assinalou o especialista.
O analista pressupôs que tipo de reação esta decisão pode causar entre os países ocidentais.
"É claro que os EUA e seus aliados vão reagir de forma muito doentia, é como eles reagem a qualquer informação sobre o reforço das posições da Rússia. Contudo, os EUA não podem fazer nada, por isso, suas ações se limitarão à difusão de propaganda antirrussa", ressaltou Dmitry Evstafiev.