10 'cisnes cinzentos' que podem mudar o mercado em 2018

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Analistas da uma empresa japonesa indicam diversos acontecimentos que são pouco prováveis de ocorrer mas que terão um grande impacto mundial caso ocorram.

Os "cisnes negros" são eventos pouco previsíveis, mas que teriam uma grande influência em diferentes áreas. Entretanto, os analistas japoneses preferem dar-lhes outro nome.

Nomura, o grupo financeiro mais influente do Japão, apresenta pelo segundo ano consecutivo seus dez "cisnes cinzentos": previsões improváveis que, caso se realizem em 2018, teriam um grande impacto.

1. O que aparece nos filmes

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Certos filmes já conseguiram prever acontecimentos do futuro, como o crescimento significativo da economia chinesa ("Americathon", 1979) ou a crescente popularidade da televisão sensacionalista ("Network", 1976).

Neste caso, o Nomura analisou vários filmes que previram como se viveria em 2018, como "O Exterminador do Futuro: A Salvação", estreado em 2009.

Segundo seu cenário, em 2018 teria lugar um conflito entre os humanos e o supercomputador Skynet, que considera que as pessoas são a maior ameaça para a Terra. Entre outras funções, esse inimigo virtual administra o funcionamento dos telefones móveis, aviões não tripulados e cyborgs.

Para viver em um cenário semelhante, seriam necessários veículos aéreos não tripulados, computadores que controlam as redes elétricas e os sistemas de transporte, bem como inteligência artificial com capacidade de aprender de maneira automática… e hoje em dia esses requisitos já existem.

2. "Amazonização" da inflação 

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Espera-se que 2018 seja um ano de inflação, mas o denominado "efeito Amazon" dificulta sua aceleração. Através da Internet, os consumidores podem comparar preços com facilidade e, como sublinhou a presidente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), Janet Yellen, o comércio eletrônico gerou uma competência maior que impede aos produtores de subir os preços, uma conjuntura que "pode contribuir para uma desaceleração sustentada da inflação em muitos países".

Nos países desenvolvidos, o ritmo das operações online aumenta rapidamente. Desse modo, os analistas do Nomura consideram que o crescimento da pressão sobre a inflação representa um risco evidente.

3. O objetivo de uma inflação de 2% sai de moda

A estratégia política monetária conhecida como inflação objetiva, que serve para controlar esse índice, mais cedo ou mais tarde poderia ser anulada ou substituída. Nós últimos anos muitos países do mundo não conseguiram atingir seu objetivo de ter uma inflação de dois por cento à medida que a população está envelhecendo, o que prejudica o poder aquisitivo das pessoas idosas.

4. Estados Unidos da Europa

Os especialistas do Nomura estimam que 2018 haverá uma oportunidade política única para que a União Europeia e, em particular, os países da zona euro, estabeleçam laços mais estreitos que poderiam conduzir à criação dos Estados Unidos da Europa.

Se nada mudar, alguns dos integrantes mais destacados não realizarão eleições nacionais até daqui a três ou quatro anos – Espanha em 2020, Alemanha e Holanda em 2021, França em 2022 – algo que permitirá aos principais atores políticos europeus pensar nos problemas dessa região.

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"Algo como os Estados Unidos da Europa não se pode construir em um ano, mas podem ser tomadas medidas que o mercado encarará como passos nessa direção", prevê a empresa japonesa.

5. Nova mudança política no Reino Unido

A instabilidade política no Reino Unido é tão grave que corre o risco tanto de levar a novas eleições gerais como a um segundo referendo sobre o Brexit em 2018.

6. O bitcoin passa a ser cotado em outros mercados

De acordo com o Nomura, o grau de loucura especulativa relativamente às criptomoedas, especialmente ao bitcoin, já alcançou seu auge, mas será que essa divisa poderia influenciar outros mercados?

Em 2018 podemos ver seu impacto no mercado do carbono: 71% da "mineração" de bitcoins se realiza na China, onde a eletricidade à base do carbono é barata. É provável que este “cisne cinzento” não leve ao estouro da bolha da moeda virtual, como muitos supõem, mas provocaria um crescimento contínuo da demanda dessa matéria-prima.

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7. Deterioração do mercado imobiliário 

O crescimento constante, as baixas taxas de juro, e o refluxo de dinheiro do exterior levaram a um rápido aumento nos preços das propriedades na Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Noruega e Suécia. Cada vez mais, os especialistas preveem uma queda do mercado imobiliário e a Nomura declara que isso pode ocorrer em 2018.

O aumento dos investimentos em bens imobiliários causou um aumento da oferta, que poderia superar a demanda e, como resultado, provocar uma pressão sobre os preços.

Para compensar o crescente desequilíbrio, as autoridades endureceram a regulação macroprudencial, mas existe o risco dessa iniciativa resultar na redução das taxas.

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8. Guerra no Oriente Médio

A tensão no Oriente Médio pode agravar e até ameaçar a estabilidade da região. Essa situação pressionará os credit default swaps ou CDS (um tipo de derivativo financeiro que assegura contra risco de falência) e as moedas dos países da zona, o que afetaria os preços do petróleo e o nível de inflação no mundo.

Se os mercados se preocuparem com o fornecimento de ouro negro, poderia haver um aumento notável nos preços mundiais dos hidrocarbonetos.

9. "Dinheiro atirado de helicóptero"

Os analistas do Nomura preveem o regresso da política de "dinheiro atirado de helicóptero": impressão de dinheiro para financiar os gastos públicos, oferecer mais liquidez à população e fazer respirar temporariamente a economia.

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10. "Bolha” de alavancagem"

Depois de vários anos de uma política monetária acomodatícia, há um risco de que o sistema tenha acumulado alavancagem. À medida que o Fed (banco central dos EUA) for esgotando a liquidez, através de seu balanço geral e taxas mais altas, pode vir a ser identificado um possível desequilíbrio. 

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