Segundo o jornal, Israel não é o primeiro país a decidir lançar o análogo digital de sua moeda nacional. Em setembro, o Banco Central da Suécia publicou um documento em que se analisa a criação da coroa sueca digital.
"No caso da Suécia e Israel, a criptomoeda tem a mesma cotação que as moedas nacionais. A versão digital não terá como objetivo mudar o sistema monetário do país", informou o jornal.
Alternativas às cédulas
Espera-se que o shekel digital se torne uma alternativa às cédulas. As transações com o shekel digital serão efetuadas diretamente sem a intermediação dos bancos.
"Em vez de levar sempre consigo uma cédula de 200 shekels (cerca de R$ 190) os israelenses poderiam usar uma série de códigos nos seus smartphones com 200 shekels criptografados", explicou o jornal.
O Banco Central de Israel emitiria a criptomoeda. As pessoas poderiam obter a moeda digital através dos bancos, caixas automáticas ou transações entre os clientes.
O lançamento da criptomoeda contribuirá para a redução do volume de cédulas na economia e das perdas do orçamento de Estado ligadas às operações no mercado negro.
De acordo com o jornal, o volume do mercado paralelo de Israel é cerca de 22% do PIB do país. Devido às transações ilegais, o tesouro perde 50 milhões de shekels (R$ 50 milhões) anualmente. A redução do volume de cédulas também ajudará na luta contra o terrorismo, porque as transações ilícitas com cédulas são a fonte principal de financiamento das organizações terroristas.