A moção foi apoiada por 187 dos 233 deputados, com 15 votos contra e 9 abstenções, informou a mídia iraniana. A medida passará a ser o artigo 1 da nova legislação que estipula o apoio do Irã à Palestina, que o Parlamento debaterá nos próximos dois dias.
Na quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU votou esmagadora em favor de uma resolução não vinculativa que declara o reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital de Israel "nula e sem efeito".
No início desta semana, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, vetou um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, que também rejeitou a declaração de Donald Trump.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã disse que o veto dos EUA não foi uma surpresa para Teerã por causa das políticas racistas e hostis dos Estados Unidos que unilateralmente devolvem "Israel que ocupou Jerusalém desde 1967.
A "decisão provocadora e imprudente" sublinhou a "falta de conformidade com as resoluções internacionais" dos americanos, o porta-voz do ministério, Bahram Ghasemi, citado pela agência de notícias Mehr.
O Estado iraniano "condena firmemente esse movimento e exorta todos os países e a comunidade internacional a impedir sua implementação para preservar a paz e a segurança internacionais", acrescentou.
O reconhecimento de Trump de Jerusalém como a capital israelense em 6 de dezembro desencadeou uma ampla condenação internacional, com líderes europeus denunciando-a como perigoso e prejudicial para o processo de paz palestino-israelense.
Na semana passada, a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) realizou uma cúpula de emergência onde os países membros reconheceram Jerusalém Oriental como a capital da Palestina em resposta ao movimento dos EUA.
Os violentos confrontos que se seguiram entre as forças de segurança israelenses e os palestinos em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza ainda não acabaram completamente, resultando em pelo menos 11 palestinos mortos e mais de 3300 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina.
Milhares de pessoas também foram às ruas para protestar e queimar as bandeiras dos EUA na Jordânia, no Irã, no Egito e em outros países do mundo muçulmano.