A Coreia do Norte está desenvolvendo ativamente mísseis balísticos intercontinentais e ogivas nucleares, que são, segundo os norte-coreanos, uma resposta à ameaça por parte dos EUA. No entanto, até o momento as sanções da ONU não conseguiram fazer com que o país parasse seu programa nuclear.
"Surge a suspeita de que os objetivos declarados pelos EUA não correspondem aos objetivos reais", disse Kolotov ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Para ele, a tensão na península coreana pode ser explicada pelo fato de os EUA e aliados ameaçarem derrubar o regime da Coreia do Norte pela força. Para se defender, Pyongyang desenvolve seu potencial militar, de maneira a manter as ameaças à distância.
"Aqueles que não se preocupavam em desenvolver as suas armas e acreditavam nas garantias do Ocidente já não existem. O destino da Iugoslávia, Líbia, Iraque e outros é prova eloquente disso. Quer dizer, a causa da tensão é a política externa dos EUA, e não a Coreia do Norte. Mas Washington acusa Pyongyang de desestabilização e, em vez de parar a demonstração de força, tenta envolver o Conselho de Segurança da ONU nesses jogos", destacou.
"As chaves para resolver o problema estão em Washington. Moscou e Pequim não podem dar garantias de que Washington não atacará. Há aqui uma contradição", concluiu analista.
A Rússia e a China apresentaram o assim chamado projeto de "congelamento duplo" que pressupõe a suspensão do programa nuclear por parte de Pyongyang em troca da parada dos exercícios militares permanentes de Seul e Washington. A iniciativa não foi apoiada nos EUA.