Para se salvar de impeachment, presidente peruano concede indulto a ex-ditador

© AP Photo / Martin MejiaAlberto Fujimori, expresidente de Perú
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Acusado de participação no esquema de propinas da construtora Odebrecht, o presidente do Peru, Pedro Paulo Kuczynski quebrou uma promessa de campanha e concedeu indulto ao ex-ditador Alberto Fujimori, condenado a 25 de prisão por crimes contra a humanidade durante o período em que governo o país entre os anos 90 e 2000.

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Kuczynski foi eleito derrotando justamente a filha de Alberto, Keiko Fujimori. Em um comunicado divulgado pela Presidência peruana, o político justifica a decisão a um laudo apresentado por uma junta médica em que Fujimori é descrito como portador de um "doença progressiva, degenerativa e incurável". O texto diz ainda que "as condições carcerárias representam um grave risco à sua vida, saúde e integridade".

De acordo com a imprensa local, o movimento de Kuczynski foi, na verdade, uma estratégia política para se livrar do processo que pode tirá-lo do cargo. Pessoas próximas ao presidente contaram a jornalistas que o indulto seria concedido se o filho de Alberto, o deputado federal Kenji Fujimori, além de outros sete parlamentares do mesmo grupo político se abstivessem de votar na semana passada a favor da cassação.

Alberto Fujimori foi condenado por participar indiretamente do assassinato de 25 pessoas, executadas por um esquadrão da morte em La Cantuta e Barrios Altos, além de sequestro agravado de detenção arbitrária de um jornalista e um empresário. Os crimes foram cometidos em nome da disputa contra a guerrilha Sendero Luminoso.

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