Kuczynski foi eleito derrotando justamente a filha de Alberto, Keiko Fujimori. Em um comunicado divulgado pela Presidência peruana, o político justifica a decisão a um laudo apresentado por uma junta médica em que Fujimori é descrito como portador de um "doença progressiva, degenerativa e incurável". O texto diz ainda que "as condições carcerárias representam um grave risco à sua vida, saúde e integridade".
De acordo com a imprensa local, o movimento de Kuczynski foi, na verdade, uma estratégia política para se livrar do processo que pode tirá-lo do cargo. Pessoas próximas ao presidente contaram a jornalistas que o indulto seria concedido se o filho de Alberto, o deputado federal Kenji Fujimori, além de outros sete parlamentares do mesmo grupo político se abstivessem de votar na semana passada a favor da cassação.
Alberto Fujimori foi condenado por participar indiretamente do assassinato de 25 pessoas, executadas por um esquadrão da morte em La Cantuta e Barrios Altos, além de sequestro agravado de detenção arbitrária de um jornalista e um empresário. Os crimes foram cometidos em nome da disputa contra a guerrilha Sendero Luminoso.