Falando sobre a China, o ministro disse que tem recursos econômicos e interesses na América Latina e quer "investir nessa parte do mundo porque não tem muitos recursos minerais".
De acordo com Lavrov, a América Latina é muito interessante não só para a China, mas também para as empresas russas.
"À medida que nossas empresas e empresas chinesas se aprofundam na América Latina, acredito firmemente que haverá mais projetos", disse Lavrov em entrevista exclusiva à RT.
O ministro russo acrescentou que os BRICS e o Novo Banco de Desenvolvimento (que foi criado como BRICS) também se juntarão a este trabalho de investimentos.
Lavrov também abordou o crescimento da economia chinesa. Com o apoio dos parceiros do BRICS, a China chegará a ocupar o primeiro lugar – hoje nas mãos dos Estados Unidos – como a maior economia do mundo.
Lavrov ressaltou que a crescente influência dos BRICS na economia global e no G20 levará a um mundo multipolar.
"Eu acredito que nossos homólogos ocidentais no G20 percebem cada vez mais que precisam negociar, eles precisam concordar", disse Lavrov.
"O BRICS não está sozinho — tem aliados, incluindo Arábia Saudita, México, Argentina e Indonésia. Eu acho que metade do grupo do G20 procura participar do processo de tomada de decisão", disse ele.