O artigo publicado na revista Genome, diz que os cientistas revelaram que algumas partes do DNA destes peixes foram variadas do ponto de vista genético, levando em conta o meio de sua reprodução. Isto fez os cientistas pensarem como isso poderia acontecer, contou Luana Lins da Universidade de Washington.
Algumas criaturas vivas, por exemplo, lagartos, galinhas e muitos insetos realizam a partenogênese —quando dois óvulos se fundem um com o outro, criando o embrião, ou quando a célula espontaneamente começa a se desenvolver, apesar da ausência de cromossomos. Para os mamíferos, tal modo de reprodução não é típico, e não há nenhum tipo de animal capaz de se reproduzir de tal maneira, mesmo em teoria.
Sem sexo e troca de genes com outros peixes, os animais se tornam vulneráveis para os parasitas. Por isso, os cientistas achavam que tais animais poderiam existir durante um curto período de tempo, mas na prática, muitos deles existem já há dezenas de milhões de anos.
Estes habitantes da Amazônia, segundo explicam os cientistas, ainda não perderam as capacidades de reprodução sexual, e até existem alguns machos capazes de somente fecundar as células.
As anomalias em genes são, talvez, consequência do fato de que alguns peixes preferem fazer sexo com outros machos, e não fecundar independentemente seus próprios ovos.