"Segundo informações preliminares do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, o aparelho espacial foi lançado e está na órbita prevista", declarou uma fonte do comando norte-americano à Sputnik.
O membro da Academia Espacial da Rússia, Aleksandr Zheleznyakov, acredita haver chances remotas de restaurar contato com o AngoSat-1, sendo muito provável que se torne um aparelho sem utilidade alguma.
"A situação é pouco animadora. O problema ocorrido no aparelho ainda não foi detectado, a razão não é clara, mas há muitas possibilidades de o problema ter sido fatal. Se as baterias solares não foram abertas e a conexão foi perdida, então é muito provável que o aparelho tenha deixado de funcionar", conclui Zheleznyakov.
Ele adicionou que mesmo conseguindo restaurar a conexão, o funcionamento do satélite não poderá atingir os padrões necessários.
O AngoSat-1 foi levado à órbita pelo foguete Zenit e lançado do cosmódromo Baikonur às 22h00 no horário de Moscou (17h00 do mesmo dia em Brasília). Depois de oito minutos de voo, o foguete se separou do bloco acelerador Fregat, que posicionou o satélite na órbita terrestre como planejado, ou seja, às 06h55 no horário de Moscou (01h55 em Brasília) em 27 de dezembro.
Mais posteriormente, uma fonte próxima da indústria espacial comunicou à Sputnik que o contato com o primeiro satélite angolano foi perdido.
Na terça-feira (26), o foguete Zenit com o primeiro satélite da Angola a bordo, AngoSat-1, foi lançado pela Rússia do cosmódromo de Baikonur, depois de ter sido testado inúmeras vezes. O satélite foi construído por um consórcio russo liderado pela corporação RKK Energia.
O AngoSat-1 deveria garantir a comunicação e transmissão de televisão por todo o continente africano. Engenheiros do projeto tiveram que mudar uma parcela dos detalhes estrangeiros por causa das sanções. Tal mudança de planos pode ter causado complicações no funcionamento do satélite.