Ao mesmo tempo, a entidade frisa que o Japão "continua disposto a travar de forma persistente as negociações para determinar a soberania das quatro ilhas", como são denominadas no Japão as ilhas Curilas do Sul, e "celebrar um tratado de paz com a Rússia".
Na quinta-feira (28), a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou que a decisão japonesa de instalar os sistemas americanos afetará de modo negativo as negociações de paz entre Moscou e Tóquio.
Ela apelou ainda a levar em conta que "os referidos sistemas" são equipados com lançadores universais que também podem usar armamentos ofensivos". Zakharova sublinhou que isto significaria uma violação de fato do tratado sobre a liquidação de mísseis de alcance médio e curto pelos estadunidenses com a colaboração dos japoneses.
Em 19 de dezembro, o governo japonês aprovou a lei que possibilita a instalação de dois sistemas Aegis Ashore no território do país. Planeja-se que seu alcance cubra todo o território do país. Cada instalação vai custar ao Japão cerca de 100 bilhões de ienes (quase 3 bilhões de reais). Tóquio espera que a instalação seja terminada até o ano de 2023.
Hoje em dia, a defesa antimíssil japonesa consiste de navios com o sistema Aegis, equipados com mísseis SM-3, bem como instalações Patriot-3 para eliminação de mísseis a altitudes entre 15 e 20 km.
O sistema Aegis instalado nos destróiers é capaz de atingir um míssil balístico à altura de 500 km, sendo que o sistema terrestre desfruta da mesma capacidade.