Porém, esta sensação de frio na barriga não é realmente amor, diz Florian Zsok, um dos autores do estudo sobre este fenômeno. Segundo o cientista, esta chama inesperada tem mais a ver com desejo do que com outras coisas, acrescentando ainda que este sentimento raramente é recíproco.
O estudo, publicado no jornal da Associação Internacional de Pesquisa de Relacionamento (IARR, na sigla em inglês) teve três fases de coleta de dados — pesquisa on-line, no laboratório e depois dois encontros de 20 e 90 minutos, respectivamente.
Durante a pesquisa on-line, os participantes deviam responder às perguntas sobre seus relacionamentos românticos atuais e depois pediram para ver algumas fotos de potenciais parceiros e avaliar sua atração. Para isso, as pessoas foram convidadas a usar a teoria triangular do amor, elaborada por Robert Sternberg, para identificar sentimentos de intimidade, paixão e compromisso.
No total, apenas 34 participantes de 396 (na maioria homens) descreveram 49 experiências de amor à primeira vista, tanto para seu parceiro potencial, como para a pessoa que encontraram durante o experimento de encontros rápidos. (Sim, as pessoas tiveram amor à primeira vista mais de uma vez).
"Experiências de amor à primeira vista não foram marcadas nem pela grande paixão, nem pela intimidade nem pelo compromisso", afirmaram os especialistas.
"Por isso, supomos que [o amor à primeira vista] não é uma forma distinta de amor, mas uma forte atração inicial que muitos classificam como [amor à primeira vista], tanto durante o primeiro encontro como posteriormente".
Apesar do estudo ter descartado a existência deste tipo de sentimento, é duvidoso que isso coloque fim a histórias românticas sobre amor à primeira vista.