Os EUA não reconhecem a Coreia do Norte como Estado, e a sua única maneira de lidar com os avanços do programa de mísseis e armas nucleares de Pyongyang é o endurecimento da pressão econômica e o aumento da sua presença militar na região. Durante quase mais de seis décadas, Washington espera em vão que o regime norte-coreano colapse. O analista sugere que talvez tenha chegado a hora de resolver o problema de acordo com as propostas chinesas.
A proposta de Pequim consiste de dois pontos. O primeiro é que os EUA têm que terminar a guerra com a Coreia do Norte por meio de um acordo de paz, que nunca chegou a ser firmado após o armistício em 1953.
A segunda proposta é estabelecer relações normais com Pyongyang e eliminar assim a ameaça que a Coreia do Norte sente por parte de Washington.
Se os EUA normalizarem as relações com a Coreia do Norte, Pyongyang já não poderá usar o conflito entre ambos como pretexto para levar a cabo o seu programa nuclear. Para além disso, neste caso os EUA deixariam de ser os únicos "encarregados" de responder aos avanços militares norte-coreanas.
David Lai sublinha que a Casa Branca deveria começar as negociações com Pyongyang sem exigir a condição prévia da sua desnuclearização que, na realidade, é uma a meta a longo prazo, por isso não pode ser pré-condição.
Além disso, o especialista opina que os EUA devem falar diretamente com a Coreia do Norte, eliminando mediadores, que têm interesses distintos.
Finalmente, as negociações comerciais são parte da normalização das relações entre ambos os países.