Segundo o jornal O Estado de São Paulo, 106 prisioneiros escaparam de uma cadeia na cidade de Goiânia. As autoridades recuperaram 27 dos fugitivos, mas o resto permanece em liberdade.
Um dos nove mortos na rebelião foi decapitado, informaram os meios de comunicação, trazendo à memória nacional a rebelião ocorrida há um ano no Amazonas, na qual morreram 56 pessoas, das quais várias foram decapitadas e jogadas sobre os muros da prisão.
Na rebelião no Norte do país, que estava enraizada em uma rivalidade de gangues de longa data, aconteceu no início de um janeiro diante da violência generalizada da prisão, com 130 prisioneiros morrendo nos primeiros 20 dias de 2017.
As prisões do Brasil, que sofrem violência endêmica, muitas vezes estão muito superlotadas. Os grupos de direitos humanos chamam tais condições de medievais nas prisões, com escassez de alimentos e excesso de presos nas celas, nas quais não há sequer espaço para se deitar.
Em comentários na segunda-feira para o jornal Folha de São Paulo, o chefe do sindicato de agentes penitenciários do Brasil, Jorimar Bastos, criticou a quantidade de recursos alocados para a prisão de Goiânia, dizendo que apenas cinco guardas foram designados para cuidar mais de 900 prisioneiros.