Goldstein afirma que existem "pelo menos três razões" que fazem crer que a Rússia, de fato, substituiu a China como principal mediador do conflito coreano.
Para Goldstein, o "modelo sírio", onde "o Kremlin apoia seus parceiros, apesar de todas as ameaças e críticas do Ocidente, poderia funcionar bem no caso de Pyongyang.
"Portanto, já está na hora de os responsáveis americanos pela tomada de decisões conhecerem os melhores especialistas russos em questões da Coreia do Norte, já que eles são das poucas pessoas capazes de chegar a um acordo e (literalmente) salvar o planeta de uma catástrofe", escreve Goldstein.
Toloraya propõe vários meios que poderiam resolver o conflito na península de forma pacífica. No cenário atual, por exemplo, Toloraya defende uma "trégua olímpica", apontando que a Coreia do Sul tem todas as razões para apoiar medidas de compromisso que acalmem as tensões em um curto prazo.
"Tolaraya pode ter o futuro do mundo sobre seus ombros. É provável que seja uma das poucas pessoas no planeta, com excelentes contatos tanto em Pyongyang como em Washington, sem mencionar as décadas de experiência trabalhando neste delicado assunto", aponta o jornalista.
"Um colunista do New York Times recentemente, em meados de dezembro, zombou do presidente [Donald] Trump por este solicitar o apoio do Kremlin na crise das Coreias. Mas a ajuda da Rússia, nestas circunstâncias, é muito necessária, já que a crise parece ir de mal a pior e estamos à beira de algo próximo de catástrofe total, para não falar de um apocalipse", advertiu Goldstein.
O autor considerou que um "significativo impulso diplomático russo" liderado pelo próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin, e apoiado por seus especialistas experientes nesta área pode "matar dois coelhos de uma cajadada" e diminuir as tensões não apenas na região asiática, mas também na Europa, resumiu Lyle Goldstein.