Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e presidente do Clube de Astronomia Luíz Cruls, duas entidades sediadas em Campos, no Estado do Rio, Marcelo Souza é um dos astrônomos a louvar o feito.
“Foi a data eleita como marco das comemorações da Semana Mundial do Espaço. Em todos os anos, o evento é sempre inaugurado em 4 de outubro.”
Projetado originalmente para lançar ogivas nucleares, o satélite pesava quatro toneladas e orbitou a Terra por 22 dias. A missão foi seguida do aumento no programa espacial dos EUA, cujos objetivos só foram logrados apenas em 1958 com a Vanguard.
Apesar de toda complexidade que envolveu os preparativos e o lançamento do Sputnik 1, Marcelo Souza considera que os objetivos finais dos cientistas eram os de comprovar a teoria de que um aparelho lançado da Terra poderia chegar ao espaço:
“O Sputnik 1 tinha uma missão muito simples. Ele representou a primeira tentativa de colocação de um satélite em órbita da Terra. Na verdade, o Sputnik 1 não tinha uma missão científica específica senão confirmar a viabilidade de se colocar um satélite nesta órbita. Para que os cientistas pudessem se certificar de que o satélite estava mesmo em funcionamento, o Sputnik era equipado com um transmissor que emitia um sinal eletrônico (Bip) para ser captado na Terra”, explica.
Comparada à sofisticação dos satélites e naves atuais, o Sputnik era um engenho relativamente simples, na avaliação de Marcelo Souza:
“Basicamente, o Sputnik continha um transmissor, uma antena e uma bateria. Essa era a alma do satélite, digamos assim. O Sputnik era uma esfera bem pequena, com aproximadamente 58 centímetros de diâmetro e peso em torno de 83, 84 quilos. O Sputnik orbitou a Terra entre 4 de outubro de 1957 e 4 de janeiro de 1958 quando se incendiou na reentrada na atmosfera e acabou caindo.”