Na sexta-feira passada (5), Maduro afirmou que o seu governo tinha detectado atividades de contrabando a partir destas ilhas que afetam a Venezuela, em particular que estariam sendo extraídos recursos minerais e produtos de primeira necessidade venezuelanos. As ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçau são conhecidas como as ilhas ABC e estão localizadas ao norte do estado venezuelano de Falcón.
Em meio às denúncias da Venezuela sobre a extração ilegal de seus recursos estratégicos, alguns internautas desencadearam as especulações mais estranhas quanto à razão da suspensão de comunicações, escreve o RT.
Assim, no fim da semana passada apareceu uma informação, sem provas nem imagens, sobre um suposto cabo submarino instalado pela Rússia juntamente com Cuba, China e Irã para "preparar no futuro um possível ataque aos EUA".
Hoy recibí una explicación de esa medida. Dice que lo hace porque China, Rusia, Iran y Cuba desean construir en estos dias un cable submarino para preparar en un futuro un posible ataque a EEUU
— ninoskacuervo (@ninoskacuervo) 7 de janeiro de 2018
Uma usuária afirmava que na instalação do alegado cabo também participou a França e que isso teria sido feito com total discrição durantes estes três dias. A informação, porém, nunca teve apoio documental em qualquer mídia.
Além disso, segundo Anthony Daquin, opositor venezuelano que se apresenta na mídia como ex-assessor de Hugo Chávez, algumas companhias aéreas relataram uma "intensa luminosidade" na zona próxima da costa e até uma explosão que também não foi comentada na mídia.
#ÚLTIMAHORA Aviones de @CopaAirlines y @AmericanAir reportan Intensa luminosidad a 30 millas al norte del Aeropuerto de #Maiquetía en pleno mar caribe.
— Anthony Daquin 🇺🇸 (@AnthonyDaquin) 8 de janeiro de 2018
Guardara esto relación con Prohibición del #TraficoMaritimo hacia Aruba Curazao y Bonaire por el @inea_venezuela Ver Imagen pic.twitter.com/CffQCMU3aJ
Uma jornalista venezuelana da emissora estatal Telesur publicou na sua conta de Twitter uma série de fotos mostrando a situação em algumas povoações situadas no estado de Falcón em que se avalia o roubo de material estratégico, como cabos elétricos.
4. Por todos los pueblos del eje costero de #Paraguaná este es el Panorama #Falcón #ElSupí #Venezuela #7ENE pic.twitter.com/bQNRYd28Gp
— Madelein Garcia (@madeleintlSUR) 7 de janeiro de 2018
Segundo sua investigação, por cada quilo de cobre procedente de cabos de eletricidade venezuelanos em Aruba pagam cinco dólares. A jornalista explica que o cobre extraído na Venezuela depois é vendido na ilha como sucata.
2. Así se veía hace unas semanas atrás el puerto de Barcadero en #Aruba hoy por la medida del Gobierno de #Venezuela está vacío pic.twitter.com/TdCwtQs2Vq
— Madelein Garcia (@madeleintlSUR) 8 de janeiro de 2018
Após o anúncio de Maduro, as Forças Armadas venezuelanas iniciaram a operação Centinela com o fim de "prevenir, detectar e deter" o contrabando ou extração ilegal de material estratégico da Venezuela.
As forças que participam da operação publicaram na sua conta oficial nas redes sociais a imagem de uma embarcação que supostamente apresentava irregularidades na documentação e que seria investigada pelas autoridades venezuelanas.