Juan Manuel Santos teria motivado a saída devido a ataques supostamente realizados pelo grupo rebelde. Após a confirmação, Santos ordenou que o representante do governo nas negociações deixasse as conversas.
Os conflitos teriam ocorrido horas depois do fim do cessar-fogo entre as partes, que ocorreu no início da madrugada de hoje.
Juan Manuel Santos condenou os ataques em uma declaração realizada no canal de televisão estatal do país, nesta quarta-feira (10), explicando ao povo que solicitou o retorno do negociador do governo para "avaliar o processo".
"Diante desta situação, conversei com o chefe da delegação o governo em Quito, Gustavo Bell, para que volte imediatamente para avaliar o processo", disse Santos em declaração na televisão.
Os colombianos e o governo tinham uma reunião de negociação marcada para esta quarta-feira (10), na qual se esperava alcançar novo cessar-fogo.
Nesta terça-feira (9), a negociação havia chegado à sua quinta rodada. As conversas vinham acontecendo no Equador.
A liderança do ELN chegou a afirmar ontem que tanto o Exército de Libertação Nacional da Colômbia quanto o governo colombiano tinham intenções de estender o acordo de cessar-fogo.
O cessar-fogo, no entanto, se encerrou à meia noite de ontem, e havia esperanças que as negociações pudessem prosseguir sem maiores percalços.
O ELN é a segunda maior guerrilha armada da Colômbia, com cerca de 1.500 a 3.000 homens em suas fileiras. O grupo fica atrás apenas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as FARC, que assinaram acordo de paz com o governo e agora funcionam como um partido político comum, sem armas ou soldados.