O líder sul-coreano também disse durante sua conferência de imprensa anual, como citado pela agência de notícias Yonhap, que a questão nuclear norte-coreana deve ser resolvida.
"A desnuclearização da península, as duas Coreias concordaram em conjunto (no passado) é a nossa posição básica que nunca será abandonada", afirmou o líder sul-coreano.
"Estou aberto a qualquer forma de reunião, incluindo uma cúpula (com a Coreia do Norte), em boas condições", disse ele. "Tendo dito isso, o propósito disso não deve ser conversa por razões de conversações".
No verão passado, durante um discurso em Berlim, Moon disse que o contato com o líder norte-coreano era necessário, e a cúpula seria realizada se servisse para aliviar a tensão e o confronto na Península da Coreia.
As reuniões dos líderes das duas Coreias foram realizadas duas vezes — em Pyongyang em 2000 e 2007, ambas com o ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il, o falecido pai do líder incumbente do país.
Elogios a Trump
Moon Jae afirmou acreditar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudou a estimular as primeiras conversas inter-coreanas em mais de dois anos e advertiu que Pyongyang enfrentaria sanções mais fortes se as provocações continuassem.
"Eu acho que o presidente Trump merece um grande crédito por trazer as conversas inter-coreanas", comentou. "Pode ser um trabalho resultante das sanções e pressões lideradas pelos EUA".
A relação entre Pyongyang e Seul tornou-se particularmente tensa no ano passado, já que a Coreia do Norte realizou testes de mísseis e testes nucleares.
A Rússia e a China têm defendido uma solução de "duplo congelamento", que veria a Coreia do Norte suspender seus programas nucleares e de mísseis, enquanto seus vizinhos se absteriam de realizar exercícios conjuntos com os Estados Unidos na região.
Na terça-feira, Pyongyang e Seul chegaram a vários acordos, incluindo um sobre participação de atletas norte-coreanos nas próximas Olimpíadas da Coreia do Sul, em uma reunião ministerial, que permite a restauração do relacionamento.