De acordo com Alexander Vorontsov, diretor do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, a sua ida à Pyongyang em novembro do ano passado permitiu que ele conversasse com membros do Ministério de Relações Exteriores, e o temor existe.
"Somente uma questão permanece: quando a guerra explodirá?", teriam dito as autoridades citadas pelo analista, em artigo publicado pelo site 38 North, especializado em assuntos norte-coreanos. Vorontsov foi além e disse que os soldados há muito tempo dormem sem tirar as suas botas, dado o medo que um conflito possa explodir a qualquer momento.
Os diplomatas norte-coreanos ainda teriam pontuado que os exercícios bilaterais entre EUA e Coreia do Sul, somados aos sobrevôos realizados pela Força Aérea norte-americana sobre a península, apontariam que a “hora zero” estaria próxima.
As mesmas fontes demonstraram surpresa com a visão popular em Seul de que o presidente dos EUA, Donald Trump, nunca iniciaria uma guerra contra a Coreia do Norte. Para eles, citados pelo analista russo, tal premissa é equivocada.
"Esses funcionários ficaram realmente desconcertados de que a maioria da população sul-coreana não parece ter percebido a realidade de que a administração Trump, apesar dos riscos, está se aproximando de um ataque preventivo contra a Coreia do Norte", escreveu Vorontsov.
O especialista acrescentou que os norte-coreanos reafirmaram o compromisso de seu país em conseguir paridade nuclear com os EUA, insistindo que apenas preserva a sobrevivência de Pyongyang sob o regime comunista de Kim Jong-un.