Especialistas advertem que no momento da criação de armas nucleares de destruição em massa, as capacidades informáticas se encontravam, todavia, no início de seu desenvolvimento e não causaram preocupações. O mundo digital avançou, mas muitos seguem com uma estratégia antiquada na hora de usar as tecnologias nos sistemas de controle, gestão e comunicação do arsenal nuclear, assinala a pesquisa.
Dessa maneira, os hackers poderiam ter acesso ao sistema de segurança que impede erros humanos, falhas, vulnerabilidade de design e manipular os dados causando uma incerteza no momento de tomar uma decisão-chave. Também poderiam provocar um aumento de tensões e levar ao uso de armas nucleares.
Segundo os especialistas, quando se trata dos mais vulneráveis, pode-se mencionar os silos de mísseis balísticos intercontinentais dos EUA, Minuteman. Os hackers poderiam manipular a informação, efetuar interferências cibernéticas em canais de comunicação ou falsificar os dados. O estudo assinala que somente em uma das bases de Dakota do Norte, os EUA contam com 150 unidades de mísseis Minuteman III.
Precedentes
Os ciberataques contra as armas nucleares estão sendo vigiados durante algum tempo. Por exemplo, o ex-ministro das Relações Exteriores britânico, Malcolm Rifkind, em uma entrevista ao canal BBC disse que muitos acreditam que os EUA teriam recorrido à pirataria informática para fracassar os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte.
Prevenir este tipo de situação é responsabilidade direta dos países que possuem armas nucleares, asseguram os autores do relatório. "As medidas de redução de riscos de ciberataques devem estar incluídas nos sistemas de comando, controle e comunicação", conclui o estudo.
Mas ciberataques não são o único perigo. Assim, a declaração do Departamento de Energia dos EUA revelou que em 2009, os empregados foram presos por um incidente em um bar durante a missão de transferência de materiais nucleares e outros relacionados ao assunto. Em 2007, na mesma missão, outro trabalhador foi detido por embriaguez pública. Um total de 16 acidentes relacionados ao álcool foram registrados no período entre 2007 e 2009, concluiu o Departamento.