Morde e assopra: Trump poupa acordo nuclear contra o Irã, mas impõe sanções humanitárias

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai evitar impor novas sanções nucleares contra o Irã por uma última vez e exigirá um acordo de acompanhamento com parceiros europeus, bem como uma emenda à lei dos EUA ligada ao acordo nuclear com Teerã, disseram autoridades norte-americanas nesta sexta-feira.

De acordo com a Casa Branca, esta será a última vez que a Trump renunciará às sanções enquanto ele persegue medidas para fortalecer o Plano Integrado Conjunto de Ação (JCPOA) de 2015.

Um alto funcionário da administração disse que Trump quer que o acordo do Irã seja fortalecido com um acordo de seguimento em 120 dias ou os Estados Unidos vão se retirar unilateralmente do pacto internacional.

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Trump havia tentado privadamente ter que renunciar novamente a sanções em um país que ele vê como uma ameaça crescente no Oriente Médio. O acordo foi alcançado durante a presidência do ex-presidente democrata Barack Obama.

A decisão deveria ser anunciada em um comunicado emitido pela Casa Branca um dia depois de Trump se envolver em longas discussões com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, o conselheiro de segurança nacional, H. R. McMaster, e outras autoridades sobre o acordo.

Trump argumentou nos bastidores que o acordo nuclear faz os Estados Unidos parecerem fracos, disse um alto funcionário estadunidense. O argumento para se manter, disse a fonte, era permitir tempo para endurecer os termos dos acordos.

A decisão de reter uma renúncia teria efetivamente encerrado o acordo que limita o programa nuclear do Irã. O acordo de 2015 entre os Estados Unidos e o Irã também foi assinado pela China, França, Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha e União Europeia, e esses países teriam sido improváveis de se juntarem aos Estados Unidos na volta da imposição de sanções.

Sanções humanitárias

Enquanto o Trump aprovou uma isenção de sanções, o Departamento do Tesouro decidiu impor novas sanções específicas contra 14 entidades e indivíduos iranianos por abusos dos direitos humanos e por apoio a programas de armas de Teerã. A lista inclui o chefe do judiciário do Irã, o aiatolá Sadeq Larijani.

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A pasta disse em um comunicado que Larijani, um aliado íntimo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, é "responsável por ordenar, controlar ou dirigir de outra forma, cometer abusos sérios de direitos humanos contra pessoas no Irã ou cidadãos ou residentes iranianos".

Além disso, um cidadão chinês foi sancionado por agir em nome da Wuhan Sanjiang Import and Export Co LTD, empresa que já está sob sanções por fazer negócios com uma empresa iraniana "detida ou controlada" pelos militares.

Outras entidades sancionadas incluíram outra empresa chinesa, Bochuang Ceramic Corp e uma firma iraniana que procurou fornecer um composto químico utilizado na transmissão de sinais elétricos.

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