Essas aranhas, que também são conhecidas como assassinas, se comportam de uma maneira deferente. Entretanto, são bastante tímidas em sua natureza. As peculiares espécies pertencem à família Archaeidea, têm cerca de cinco milímetros de comprimento e apenas representam uma ameaça para outras espécies aracnídeas.
Assim, não constroem teias para capturar suas vítimas, já que são caçadoras ativas. Têm uma modificação incomum de sua área cefálica relacionada a seus comportamentos predatórios: a carapaça é estendida e tubular em sua estrutura e envolve as bases quelíceras, o que lhes dá a aparência de "pescoço" e "cabeça", segundo um estudo publicado no portal Zookyes.
Eriauchenius workmani was the first living pelican spider found in Madagascar after being known only from fossils. Because the living spiders were found after their ancestors had been uncovered in the fossil record and presumed extinct, they are considered a “Lazarus” taxon. pic.twitter.com/T92vGFBqDZ
— Smithsonian's NMNH (@NMNH) 11 de janeiro de 2018
Além de Madagascar, as aranhas-pelicano também habitam na Austrália e África do Sul.
A pesquisa foi dirigida por Hanna Wood, curadora de aranhas no Museu Nacional de História Natural do Smithsonian (EUA) e por Nikolaj Scharff, entomologista da Universidade de Copenhague (Dinamarca).
Eighteen (yes 18) new spider-hunting pelican spiders discovered in Madagascar! These are some crazy looking spiders! https://t.co/lrr64ITgok pic.twitter.com/kxCWUJ7mMv
— Luiz Rocha (@CoralReefFish) 11 de janeiro de 2018
As enormes mandíbulas das aranhas-pelicano têm colmilhos no extremo, o que lhes permite perfurar suas vítimas e as levantar no ar, como se estivessem em um gancho de carne, enquanto o veneno faz efeito.
Ao reter sua vítima com seus longos colmilhos, elas evitam a possibilidade de um contra-ataque da sua presa, disse Wood à revista National Geographic.
"São como pequenos lobos na floresta, capturando outras aranhas", acrescentou Wood.
Newly Discovered Cannibalistic Spider Totally Looks Like… a Pelican https://t.co/mObujPqocA
— Richard J. Pearce (@DrRichJP) 12 de janeiro de 2018
Michael Rix, que estuda as aranhas-pelicano australianas no Museu de Queensland, afirmou por sua vez que "a descoberta e a descrição de 18 novas espécies é uma emocionante recordação da diversidade da vida na Terra".