Em entrevista ao canal CBS, Hecker, que antes era responsável pelo desenvolvimento de armas nucleares dos EUA, estimou que o número das bombas disponíveis pode variar entre 13 e 30 (até fim de 2016), tomando em conta as reservas de plutônio e urânio que viu, escreve o RT.
Ex-diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos e professor da Universidade de Stanford é considerado ser o único estrangeiro a conseguir entrar sete vezes desde 2004 nas instalações nucleares do país fechado.
"Fiquei muito surpreendido com muitas coisas que me ensinaram e a sinceridade com a qual me mostraram e explicaram tudo", declarou o físico ao CBS.
Hecker testemunhou como era guardado o material radioativo em uma piscina de água situada na usina nuclear de Yongbyon. Ali mesmo ele pôde reconhecer plutônio em um frasco de vidro colocado dentro de uma caixa de madeira que lhe apresentaram. Ele também viu o reator que "não era muito bom para gerar eletricidade, mas muito bom para produzir plutônio".
O físico acredita que os EUA não vão alcançar nada pressionando a Coreia do Norte, pois a última não é um país acostumado a ceder.
"Nós tentamos sancioná-los para submissão. Eles não se submeteram. Eles simplesmente continuam testando e evoluindo [armas nucleares]."
Em meados do ano passado, o mesmo físico confirmou que a Coreia do Norte era capaz de produzir trítio, a matéria prima para criar uma bomba de hidrogênio e gerar fusão.