"O melhor freio contra o ressurgimento das ambições imperiais e apetites da Rússia é uma Ucrânia democrática, bem-sucedida e independente. Tudo o que Rússia está fazendo hoje em dia na Ucrânia tem um único objetivo: recuperar-nos para a sua assim chamada ‘zona de influência', destruir o Estado ucraniano", declarou Poroshenko na terça-feira (16) discursando na recepção anual aos embaixadores estrangeiros.
Segundo o presidente ucraniano, tem que se aprender com a história, "que mostra que não se pode acreditar no agressor e ele não pode ser apaziguado".
"Nunca se pode acreditar no Kremlin, não importa com que regimes ele se disfarça: czarista, comunista ou pseudo-democrata", declarou Poroshenko.
Kiev acusou várias vezes o Kremlin de interferir nos assuntos internos ucranianos no que diz respeito ao problema de Donbass. A Rússia nega estas acusações e chama-as de inaceitáveis. Moscou sublinha que não é parte do conflito interno ucraniano e que está interessada na sua resolução pacífica.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que chamar a Rússia de "agressor" contradiz a situação real em Donbass.
As autoridades da Ucrânia iniciaram em abril de 2014 uma operação militar contra as repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk, que haviam declarado sua independência da Ucrânia em fevereiro de 2014. De acordo com os últimos dados da ONU, mais de 10 mil pessoas já tombaram vítimas do conflito.