"Não existe isso de ataque limitado, ou você usa um míssil de cruzeiro nuclear ou não usa", disse a senador democrata Tammy Duckworth a jornalistas na quarta-feira. "Você terá ferimentos de grande proporção, bem como baixas civis e militares. Muitos americanos não entendem isso, e eu não acho que o presidente entenda isso a julgar pelo jeito que ele tweeta".
Gallago pressionou pela continuidade da diplomacia e das sanções como uma solução para a crise, ao invés da força militar. "Reduzir a escala de palavras provocativas e atos do presidente Trump seria útil, além de continuar a pressão contínua sobre a Rússia e a China para implementar plenamente o nosso regime de sanções".
Embora não tenham mencionado Tillerson, os comentários de Duckworth e Gallago deram uma resposta clara às palavras do Secretário de Estado. Tillerson disse na terça-feira que, enquanto Casa Branca continuava buscava uma resolução diplomática para a crise, a Coreia do Norte ainda não se revelava um "parceiro de não confiável".
"Temos que reconhecer que a ameaça está crescendo e que, se a Coreia do Norte não escolher o caminho do engajamento, discussão, negociação, eles irão desencadear uma opção", afirmou.
O senador Lindsey Graham ofereceu uma abordagem diferente. Falando no American Enterprise Institute, o parlamentar disse estar "100% seguro" de que a guerra era o "último recurso" do exército dos EUA. "Eu não acho que você pode atacar a Coreia do Norte cirurgicamente ", disse Graham. "Quando digo que a opção militar é o último recurso, o faço porque milhares de pessoas podem ser mortas".
No entanto, o senador enfatizou que a opção não pode deixar de constar nos planos americanos. "Eu sei que há algum limite de tolerância na mente do presidente", disse Graham. "Eu certamente as compartilharei publicamente [até onde vai a tolerância de Trump], mas essa não é uma ideia mal concebida. Limites".
Além do seu crescente programa nuclear, acredita-se que a Coreia do Norte tenha entre 2.700 e 5.500 toneladas de armas químicas e biológicas, incluindo antrax, gás sarin, armas com cepas de varíola, cólera, e agentes de vômitos. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos estimou em 2011 que a Coreia do Norte tem o terceiro maior estoque de armas biológicas tipo no mundo.
Os norte-coreanos também acumularam enormes quantidades de armas convencionais, muitas delas posicionadas perto da fronteira com a Coreia do Sul.