Soros, que administra a Gestão de Fundos Soros de US$ 26 bilhões e preside o conselho global da Open Society Foundations (OSF), fez as observações ao falar com o jornal Financial Times.
O magnata afirmou que o nacionalismo tornou-se agora a "ideologia dominante no mundo", apontando para a União Europeia de 28 membros.
"É a UE a instituição que está à beira de uma quebra", afirmou. "E a Rússia é agora o poder ressurgente, baseado no nacionalismo".
Na Rússia, as organizações de Soros foram banidas em 2015 por autoridades, citando as ameaças de segurança que representavam no país.
Na sua Hungria natal, pensa-se que Soros conspira contra o governo do político de direita da linha dura, Viktor Orban. O primeiro-ministro Orban acredita que o magnata vem criando uma rede discreta para minar o seu gabinete e influenciar as políticas da UE em Bruxelas.
O líder da Hungria sempre acusou Soros de alimentar a crise dos refugiados na Europa e de corromper a identidade cultural europeia. Em outubro do ano passado, o primeiro-ministro disse que mais de 200 membros do Parlamento Europeu são listados pelo "império" do bilionário como "amigos da rede".
Orban, que buscará um quarto mandato como primeiro-ministro da Hungria no próximo ano, disse que dirigiu os serviços secretos do país para investigar o "Império Soros" e "expô-lo ao público".
No início deste ano, Soros chamou a Hungria de um "Estado mafioso", o que levou Orban a responder. "A única rede que atua como uma máfia, que não é transparente na Hungria, é a rede Soros", declarou.