"Hoje em dia há uma ordem tecnológica nova na indústria naval russa, na construção dos novos tipos de armas navais, [esta ordem] pressupõe, particularmente, a criação de sistemas de mísseis e torpedos eficazes para submarinos", assegurou Nenashev nesta sexta-feira (19).
"Por isso, os projetos que hoje em dia estão em curso — Borei e outros — devido à sua eficácia e estado tecnológico são mais necessários para garantir a segurança nacional da Rússia do que os submarinos que precisam de uma modernização dispendiosa", sublinhou.
Na opinião dele, "não é evidente que mesmo após a modernização o Akula tenha a mesma capacidade furtiva que o Borei". O especialista adiantou que os submarinos novos, no que se refere a tecnologias "stealth" e potência, têm um nível de proteção e eficiência completamente novo.
"Em cada metro de espaço, nestes navios se pode instalar duas vezes mais equipamentos e armas que nos navios da geração anterior", explicou.
"Na época, a construção destes cruzadores submarinos foi o auge da indústria naval nacional. Nenhum país desenvolvido tinha um complexo militar-industrial capaz de alcançar este auge. Há mais de 40 anos, ao criar os submarinos gigantes, o nosso país demonstrou um nível altíssimo do ponto de vista científico, tecnológico e de engenharia", continuou.
"Foi no cruzador modernizado deste projeto, Dmitry Donskoi, que se realizaram as provas dos novos mísseis intercontinentais Bulava, instalados depois nos navios do projeto Borei", resumiu.
Os navios do projeto 941 são os maiores submarinos nucleares do mundo. O deslocamento total do navio é de 49,8 mil toneladas, seu comprimento é de 172 metros e a boca é de 23,3 metros. No total, foram construídos 6 desses cruzadores. O navio principal da classe, Dmitry Donskoi, entrou em serviço da Frota do Norte da Marinha da Rússia em 1981.