O líder do SPD, Martin Schulz, apoia a coalizão, mas enfrenta forte resistência da ala jovem e da esquerda do partido. Os opositores da aliança acreditam que ela abriria espaço para o partido de direita nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD).
Cerca de 600 delegados irão reunir-se em Bonn para decidir sobre uma possível reedição da coalizão que governou a Alemanha de 2013 a 2017 — quando os sociais-democratas foram para oposição com vista às eleições, mas perderam.
O partido de Merkel foi o mais votado nas eleições de setembro de 2017, mas não obteve maioria absoluta e busca uma coalizão para governar com tranquilidade no Congresso. Sua primeira tentativa de coalizão falhou.
Um dos pontos de impasse entre os dois partidos é a posição do SPD, que defende uma legislação que permita que refugiados tragam sua família de seus países de origem. A CDU defende que esta legislação deve ser endurecida.
Ainda que o congresso deste domingo aprove o inicio das conversas entre SPD e CDU, uma coalizão também precisará ser aprovada pelos membros do SPD por meio de votação.
Caso as duas partes não alcancem um acordo, a Alemanha poderá ter novas eleições ou um governo minoritário pela primeira vez desde 1945.