A partir de sua casa localizada no condado britânico de Leicestershire, Kane Gamble utilizou a engenharia social, a prática de obter informações confidenciais através da manipulação dos usuários legítimos, para acessar e-mails, computadores, dispositivos móveis e até algumas TVs dos pesos pesados dos serviços secretos norte-americanos, informa o diário The Telegraph.
Kane conseguiu infiltrar os sistemas de segurança informática do então chefe da CIA, John Brennan, e do vice-diretor do FBI, Mark Giuliano. Quando o acesso foi bloqueado, o adolescente se fez passar por suas vítimas para poder mudar senhas e perguntas de segurança para continuar com seus objetivos.
Essa mesma prática foi usada com o ex-secretário da Segurança Nacional, Jeh Johnson e com o diretor da Inteligência Nacional do governo de Barack Obama, James Clapper, entre outros.
Gamble "zombou de suas vítimas, divulgando informações pessoais, assediando-os com chamadas e mensagens, baixou pornografia em seus computadores e assumiu o controle de seus dispositivos móveis e televisões", disse o procurador durante o julgamento.
O "hacking" continuou por oito meses e terminou em fevereiro de 2016, quando Kane acessou a rede do Departamento de Justiça dos EUA, após o que as autoridades norte-americanas contataram a polícia britânica e o menor foi preso.
Gamble, que hoje tem 18 anos, se confessou culpado de 10 crimes e sua sentença será anunciada em uma audiência futura.