O achado tornou-se possível graças à tecnologia que usa ondes sísmicas para medir as estruturas subterrâneas reproduzindo simultaneamente sua reflexão sísmica em 3D.
A equipe científica composta por pesquisadores das Universidades de Aberdeen (Escócia) e de Adelaida (Austrália), e apoiada pela Organização de Pesquisa Científica e Industrial de Commonwealth (Comunidade das Nações) na Austrália, realizou um estudo através de uma tecnologia similar à usada para obter imagens de ultrassom de bebês.
Mordor no fundo do mar
O grupo de vulcões detectado por cientistas, que surgiu há 35 milhões de anos, recorda a região fictícia de Mordor na trilogia de "O Senhor dos Anéis". O terreno vulcânico tem 34 km de comprimento e 15 km de largura, enquanto alguns vulcões alcançam altitude de aproximadamente 625 metros.
O terreno que aparece nas imagens se formou por uma série de erupções vulcânicas no fundo do oceano, próximo da costa sul da Austrália, na chamada Grande Baía Australiana — uma imensa baía aberta.
"Ao usar dados recolhidos como parte dos esforços da exploração petroleira, conseguimos criar um mapa desses antigos fluxos de lava com detalhes sem precedentes, revelando uma espetacular paisagem vulcânica que nos lembra dos locais de ‘O Senhor dos Anéis", contou Dr. Nick Schofield, da Escola de Geociências da Universidade de Aberdeen, coautor do estudo.
Welcome to Mordor Under the Sea!
— Uni of Aberdeen (@aberdeenuni) 18 de janeiro de 2018
Scientists from @aberdeenuni have used cutting-edge imaging techniques to reveal a spectacular 'Tolkienesque' landscape buried deep beneath the sea off southern Australia. https://t.co/nCzNLIjsXK pic.twitter.com/O5pg8VqgWt
Bem-vindos a Mordor debaixo do mar!
Aos usar uma técnica de imagem especial, os cientistas da Universidade de Aberdeen encontraram uma passagem similar à mostrada na trilogia de J. R. R. Tolkien, ocultada debaixo do mar ao sul da Austrália.
Nova técnica para estudar mundos ocultos
Devido a sua aparente inacessibilidade, os fluxos de lava submarinos são mais difíceis de estudar do que os que se encontram na superfície da Terra. Com a ajuda desta técnica recém-desenvolvida, os cientistas podem realizar a análise detalhada de uma paisagem que permaneceu escondida sob a água durante milhões de anos, e permite obter novos conhecimentos importantes sobre vulcanismo subaquático.