Se alcançar tal status, Pyongyang teria maior poder de ameaçar os EUA, e por isso Washington precisa agir para impedir pelo maior tempo possível que o governo norte-coreano alcance tal objetivo.
"[O líder norte-coreano] Kim Jong-un não vai descansar com um único teste bem sucedido", declarou Pompeo, em uma palestra no Instituto Americano de Empreendimento, citado pela agência sul-coreana Yonhap.
"O próximo passo lógico seria desenvolver um arsenal de armas que não seja [apenas] uma, nem um item de exposição, nem algo para exibir em um desfile, mas sim a capacidade de lançar de múltiplos desses mísseis simultaneamente", continuou.
Anteriormente, o chefe da CIA havia alertado que a Coreia do Norte está a poucos meses de adquirir a capacidade de bombardear o território estadunidense.
"Quero que todos entendam que estamos trabalhando diligentemente para garantir que, um ano depois, eu ainda possa dizer que eles estão há vários meses de ter essa capacidade", revelou Pompeo.
No ano passado, Pyongyang conduziu mais de uma dezena de testes balísticos, alguns deles envolvendo mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs, na sigla em inglês), garantindo assim já ter a capacidade de atacar os EUA se necessário.
O país asiático também realizou o sexto teste nuclear de sua história em 2017, o qual teria sido feito com uma bomba de hidrogênio, com potencial de destruição muito superior a uma bomba atômica como a que destruiu Hiroshima e Nagasaki (ambas no Japão) em 1945.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já oscilou o seu discurso entre a troca de farpas com Kim, prometendo "destruir totalmente" a Coreia do Norte se preciso for, para depois afirmar ter uma "boa relação" com o líder norte-coreano e garantir que quer uma solução diplomática.