Departamento de Estado dos EUA cria força-tarefa para fomentar internet em Cuba

© REUTERS / Ueslei MarcelinoBandeiras dos EUA e de Cuba vistas em Havana, em 2016,
Bandeiras dos EUA e de Cuba vistas em Havana, em 2016, - Sputnik Brasil
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O Departamento de Estado dos EUA anunciou ter criado a força-tarefa da internet de Cuba para promover "o fluxo de informação livre e não regulamentado" na ilha comunista. Havana considerou o ato subversivo.

"A força-tarefa examinará os desafios e oportunidades tecnológicas para expandir o acesso à internet e à mídia independente em Cuba", afirmou a agência em comunicado obtido pela agência Reuters.

O primeiro encontro do órgão, formado pelo governo dos EUA e representantes não-governamentais, acontecerá em 7 de fevereiro.

O jornal do Partido Comunista Cubano, Granma, disse que a iniciativa busca "subverter a ordem interna de Cuba".

"No passado, Washington usou frases como 'trabalhar para a liberdade de expressão' e 'expandir o acesso à internet em Cuba' para cobrir planos desestabilizadores", escreveu Granma, acrescentando que cerca de 40% dos cubanos estão conectados à internet em 2017, 37% a mais do que em 2010.

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Alguns analistas disseram que a criação da força-tarefa é contraproducente.

"Lançar a questão do acesso à internet em um quadro explicitamente político apenas criará maiores obstáculos para as empresas de telecomunicações dos EUA que fizeram parcerias com o lado cubano", disse Michael Bustamante, professor assistente da história da América Latina na Florida International University.

Cuba criou hotspots públicos de Wi-Fi e ligou mais casas à internet, mas a maioria dos cubanos não têm conexão em seus celulares e apenas uma pequena parcela dos lares têm acesso de banda larga.

A tarifa de US$ 1,50 por hora para usar um hotspot Wi-Fi representa 5% do salário mensal médio mensal de US$ 30.

Havana diz que a lentidão para desenvolver a rede é causada pelos altos custos — criados pelo embargo comercial dos Estados Unidos. Já os críticos afirmam que a demora representa o medo do Partido Comunista de Cuba em ser questionado com um maior fluxo de informação. 

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