"A força-tarefa examinará os desafios e oportunidades tecnológicas para expandir o acesso à internet e à mídia independente em Cuba", afirmou a agência em comunicado obtido pela agência Reuters.
O primeiro encontro do órgão, formado pelo governo dos EUA e representantes não-governamentais, acontecerá em 7 de fevereiro.
O jornal do Partido Comunista Cubano, Granma, disse que a iniciativa busca "subverter a ordem interna de Cuba".
"No passado, Washington usou frases como 'trabalhar para a liberdade de expressão' e 'expandir o acesso à internet em Cuba' para cobrir planos desestabilizadores", escreveu Granma, acrescentando que cerca de 40% dos cubanos estão conectados à internet em 2017, 37% a mais do que em 2010.
"Lançar a questão do acesso à internet em um quadro explicitamente político apenas criará maiores obstáculos para as empresas de telecomunicações dos EUA que fizeram parcerias com o lado cubano", disse Michael Bustamante, professor assistente da história da América Latina na Florida International University.
Cuba criou hotspots públicos de Wi-Fi e ligou mais casas à internet, mas a maioria dos cubanos não têm conexão em seus celulares e apenas uma pequena parcela dos lares têm acesso de banda larga.
A tarifa de US$ 1,50 por hora para usar um hotspot Wi-Fi representa 5% do salário mensal médio mensal de US$ 30.
Havana diz que a lentidão para desenvolver a rede é causada pelos altos custos — criados pelo embargo comercial dos Estados Unidos. Já os críticos afirmam que a demora representa o medo do Partido Comunista de Cuba em ser questionado com um maior fluxo de informação.