Antes dele, o desembargador Leandro Paulsen foi o segundo desembargador a votar pela condenação de Lula no tribunal.
Após a leitura de mais de 1h30 do seu voto, Paulsen — revisor do caso na Corte — acompanhou a decisão do relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, que manteve a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro.
Gebran Neto rejeitou integralmente os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente e subiu a pena para 12 anos e um mês de prisão, posição acompanhada por Paulsen em seu voto — formando maioria em favor da condenação do ex-presidente.
Gebran negou a acusação de que a quebra de sigilo telefônico do escritório dos advogados de Lula tenha sido um ato parcial de Moro. "Não houve tentativa de monitorar ilegalmente os advogados", observou.
Ao comentar o caso da condução coercitiva do ex-presidente Lula, o desembargador afirmou que ele foi acompanhado por seus advogados, autoridades policiais, e em nenhum momento foi negado a ele o direito de manter-se em silêncio.
O ex-presidente é acusado de ter recebido R$ 3 milhões em propina da empresa OAS por meio do apartamento tríplex em Guarujá.
Segundo o relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, o valor total da propina seria de R$ 87 milhões. Cerca de 1% deste valor total foi destinado a políticos do Partido dos Trabalhadores (PT).