Um dos líderes da batalha é o sindicato IG Metall, responsável por representar 3,9 milhões de trabalhadores no crucial setor de indústrias de engenharia elétrica e metalúrgica.
A demanda é por um aumento salarial de 6% e o direito de poder alterar a jornada de 35 para 28 horas semanais por um período de dois anos — com perdas salarias limitadas.
Após mobilizar mais de 600 mil trabalhadores em uma série de curtas "greves de aviso" neste mês em fábricas de empresas como Volkswagen, BMW, Bosch e Siemens, as negociações serão retomadas nesta quarta-feira (24).
"Estamos preparados para qualquer coisa", afirmou sindicalista Joerg Hofmann à agência de notícias AFP na semana passada.
Com a tensão em alta, a situação é acompanhada pelo Banco Central Europeu — que acredita que uma alta salarial poderia aumentar o consumo e a inflação.
Apesar de uma recuperação econômica robusta, a inflação na zona do euro ainda está longe da meta do Banco Central Europeu, de 2%.
As reivindicações dos sindicatos também são vistas com bons olhos pelos críticos dos superávits orçamentários alemães, que acreditam que um aumento salarial garantiria um impulso no consumo e aumento na demanda por importações — beneficiando indiretamente a outros países.
"O crescimento salarial mais rápido na Alemanha — onde a economia está operando acima da capacidade — também ajudaria os pares europeus da Alemanha, porque isso ajudaria a levantar a inflação da área do euro", escreveu Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, em uma postagem de blog recente.