Sindicatos alemães lutam por aumento salarial e greve geral não está descartada

© AP Photo / Matthias RietschelMaik Seidel, técnico da Siemens, trabalha em uma fábrica em Goerlitz, Alemanha, em 14 de maio de 2009
Maik Seidel, técnico da Siemens, trabalha em uma fábrica em Goerlitz, Alemanha, em 14 de maio de 2009 - Sputnik Brasil
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Empoderados por uma economia a todo vapor, os sindicatos da Alemanha buscam negociar um aumento salarial - e muitos estão torcendo pelo sucesso dos trabalhadores.

Um dos líderes da batalha é o sindicato IG Metall, responsável por representar 3,9 milhões de trabalhadores no crucial setor de indústrias de engenharia elétrica e metalúrgica.

A demanda é por um aumento salarial de 6% e o direito de poder alterar a jornada de 35 para 28 horas semanais por um período de dois anos — com perdas salarias limitadas.

Após mobilizar mais de 600 mil trabalhadores em uma série de curtas "greves de aviso" neste mês em fábricas de empresas como Volkswagen, BMW, Bosch e Siemens, as negociações serão retomadas nesta quarta-feira (24).

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Caso acordos não sejam alcançados, o sindicato IG Metall ameaça realizar paralisações de 24 horas e greves gerais — que não acontecem desde 2003. 

"Estamos preparados para qualquer coisa", afirmou sindicalista Joerg Hofmann à agência de notícias AFP na semana passada. 

Com a tensão em alta, a situação é acompanhada pelo Banco Central Europeu — que acredita que uma alta salarial poderia aumentar o consumo e a inflação.

Apesar de uma recuperação econômica robusta, a inflação na zona do euro ainda está longe da meta do Banco Central Europeu, de 2%.

As reivindicações dos sindicatos também são vistas com bons olhos pelos críticos dos superávits orçamentários alemães, que acreditam que um aumento salarial garantiria um impulso no consumo e aumento na demanda por importações — beneficiando indiretamente a outros países.

"O crescimento salarial mais rápido na Alemanha — onde a economia está operando acima da capacidade — também ajudaria os pares europeus da Alemanha, porque isso ajudaria a levantar a inflação da área do euro", escreveu Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, em uma postagem de blog recente.

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