"Elaboramos e realizamos o conceito da utilização simultânea de biorresíduos dos astronautas e sua transformação em uma massa comestível. Embora tal ideia pareça estranha para pessoas comuns, de fato, não difere da comida de pasta feita de extrato de fermento e mosto de cerveja", conta Christopher House da Universidade da Pensilvânia na Filadélfia, EUA.
Cientistas estão tentando resolver o segundo maior problema de duas formas – criar novos tipos de comida espacial rica em calorias, compacta e com data de validade longa, bem como substituir toda a alimentação dos astronautas, elaborando sistemas que lhes permitiriam produzir comida independentemente. Por exemplo, os astronautas da NASA constantemente realizam tais experimentos a bordo da Estação Espacial Internacional na instalação Veggie e os seus colegas russos – no complexo Lada.
A equipe de House tentou unir ambos os processos ligados à atividade vital humana e assim realizar o sonho de muitos escritores de ficção científica. Sendo assim, os cientistas propõem transformação dos resíduos inutilizáveis do corpo em comida com ajuda de micróbios.
Esta ideia, contudo, tem duas desvantagens. Em primeiro, o processo de transformação é bastante longo, e o metano usado no processamento de bactérias pode causar incêndio a bordo ou na Estação Espacial Internacional.
De acordo com House, esta instalação pode processar mais da metade dos biorresíduos de cinco ou seis astronautas no decorrer de um dia.
O cientista conclui que cada componente do biorreator é estável e decompõe rapidamente biorresíduos. Desta forma, os astronautas receberão comida mais rapidamente se comparado ao cultivo de tomates ou batatas em estufas.