Hillary ainda se recusou a aceitar o conselho da coordenadora da campanha, Patti Solis Doyle, para demitir o acusado.Ela preferiu que o assessor fizesse sessões de terapia e bloqueou o salário dele por várias semanas.
A mulher assediada, que na época tinha 30 anos, reclamou que o assessor "esfregou os ombros dela de forma inadequada, beijou-a na testa e lhe enviou uma série de e-mails sugestivos, um deles durante a noite", disse o relatório do Times. Quando Doyle, a coordenadora da campanha, soube sobre as indiscrições, ela se aproximou de Hillary e recomendou demitir o funcionário, que era casado.
"Clinton disse que não queria [demitir o assessor] e, por isso, ele permaneceu na equipe", menciona a reportagem.
Histórico controverso
Hillary esteve no centro de uma polêmica pela notória amizade com o predador sexual Harvey Weinstein. O produtor foi acusado de estuprar dezenas de atrizes de Hollywood e foi exposto em um artigo da revista New Yorker. Embora Weisten tenha sido ativo colaborador dos Democratas e um dos principais engajados na arrecadação de fundos para a campanha de Hillary Clinton, ela divulgou um comunicado à época das denúncias dizendo que ficou "chocada e consternada pelas revelações".
"Eu só queria te avisar que Harvey é um estuprador, e isso vai estourar em algum momento", disse Dunham a um alto funcionário da campanha. "Acredito ser uma péssima ideia tê-lo como anfitrião de eventos para arrecadação de fundos. Todo mundo em Hollywood sabe que ele tem um problema com agressão sexual", ela escreveu à época.
O assessor de imprensa de Clinton rejeitou Dunham em um comunicado, dizendo: "Ficamos chocados quando soubemos o que ele havia feito. Seu comportamento desprezível e as mulheres que apresentaram uma enorme coragem. Quanto às alegações quanto ao aviso, isso é algo que as pessoas da equipe não teriam esquecido. Somente Dunham pode responder porque ela contaria algo assim para a equipe de campanha e não para as pessoas que efetivamente poderiam pará-lo".
Após a revelação da história violenta de Weinstein, a Fundação Clinton afirmou que não tinha "planos para devolver" os centenas de milhares de dólares que Weinstein havia doado.