"A lei é sem fundamento, eu me oponho fortemente. Não se pode mudar a história e o Holocausto não pode ser negado. Instrui o embaixador de Israel na Polônia para conhecer o primeiro-ministro polonês esta noite e expressar minha forte posição contra a lei", disse Netanyahu. em uma declaração publicada no Twitter.
החוק הפולני מופרך ואני מתנגד לו בתוקף. אי אפשר לשנות את ההיסטוריה, ואסור להכחיש את השואה.
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) 27 de janeiro de 2018
הוריתי לשגרירת ישראל בפולין להיפגש עוד הערב עם ראש ממשלת פולין, ולהביע בפניו את עמדתי הנחרצת נגד החוק
Na sexta-feira (26), o parlamento polonês aprovou o projeto de lei proibindo qualquer menção de participação da "nação polonesa" em crimes cometidos pela Alemanha nazista durante o holocausto e, em particular, o uso de frases como "campos da concentração poloneses", onde milhões de pessoas, principalmente judeus, foram mortos pelos nazistas.
"Nenhuma lei pode mudar a verdade histórica e não há lugar para tentar educar as famílias dos sobreviventes do Holocausto que vivem todos os dias com as memórias de seus entes queridos que morreram no Holocausto. Israel se opõe à lei proposta e pede que o governo da Polônia altere a lei antes de prosseguir com legislação adicional", afirmou o primeiro-ministro israelense em um comunicado.
O projeto de lei prescreve até três anos de prisão por tentativas de ligar o povo polonês com os crimes dos nazistas. A lei também proíbe a negação do assassinato de cerca de 100 mil poloneses pelo Exército Insurgente da Ucrânia (UPA) durante a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com estimativas do Instituto de Memória Nacional do Estado polonês, entre 5,6 milhões e 5,8 milhões de cidadãos poloneses, ou cerca de um quinto da população do país, foram mortos durante a ocupação nazista. Desse número, entre 2,7 e 2,9 milhões foram vítimas do Holocausto.