Os recentes ataques terroristas em Cabul eclipsaram a divulgação dos novos dados do Pentágono, revelando um aumento acentuado em incursões de bombardeios na nação sitiada, duplicando em 2017 a quantidade de bombas lançadas pelos EUA no Afeganistão em 2015 e 2016.
As estatísticas da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em ingês) mostram que os ataques aéreos no Afeganistão contra os chamados alvos terroristas, incluindo o Talibã e outros grupos, aumentaram dramaticamente, à medida que os ataques militantes sobre infraestrutura civil urbana, incluindo hospitais, estão em ascensão, de acordo com Tolonews.com.
Após o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, detalhando as novas estratégias do Pentágono no sudeste da Ásia e no Afeganistão, os atuais ataques de bombas contra insurgentes não alinhados com o governo apoiado pelos EUA em Cabul aumentaram significativamente.
"Os ataques aéreos aumentaram significativamente em 2017, principalmente devido à política do sul da Ásia, que o presidente Trump assinou e nos permite seguir o Talibã e [Daesh] onde estão", afirmou Thomas Gresback, diretor de Relações Públicas da Missão Resolutiva de Suporte (RS, na sigla em inglês).
O crescimento garantido por Trump "nos permitirá persegui-los. As regras de engajamento são agora diferentes", acrescentou Gresback, citado pelo Tolonews.com.
Paralelamente ao aumento militar dos EUA no Afeganistão, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, anunciou recentemente que o bloco militar irá implantar mais 3.000 treinadores para orientar um exército afegão patrocinado pelo Pentágono, que depende quase totalmente de apoio externo.
Stoltenberg afirmou que os membros da OTAN estão empenhados em impedir o estabelecimento de refúgios seguros para os insurgentes, já que a guerra dos EUA no Afeganistão entra em seu 17º ano sem resolução.
Atualmente, estima-se que 20 das 34 províncias do país são consideradas "inseguras" pelos recursos de inteligência dos EUA, enquanto quase 54 dos 105 distritos no Afeganistão estão sob controle direto do Talibã, de acordo com ABCnews.com.