Mais tarde, foi revelado que este planeta se encontra na "zona habitável", os cientistas inspirados começaram a apresentar hipóteses sobre a existência de vida neste planeta.
Sonhando com a Terra 2.0
Desde o fim do século XX, os astrônomos buscam ativamente e tentam examinar os planetas potencialmente habitados no espaço longínquo. Até hoje, temos quase 4.000 mil exoplanetas descobertos. São exoplanetas porque ficam fora do Sistema Solar. O mais próximo de nós é o Próxima b, está apenas a 4,22 anos-luz da Terra e suscita interesse especial dos cientistas.
Os exoplanetas são difíceis de ser detectados: eles são fortemente ofuscados pelas estrelas. Primeiro, porque são menores do que as estrelas e segundo, porque não emitem sua própria luz. Por isso os astrônomos vêm não o planeta, mas o modo como este influencia a estrela. Este é o método de trânsito. Outro método para observar os planetas se baseia em que o planeta que gira em torno da estrela fá-la oscilar um pouco. Usando ambos os métodos, se pode determinar o tamanho e a massa do objeto.
Os parâmetros do Proxima b resultaram muito parecidos aos do nosso planeta. A massa é 1,3 vezes maior e seu raio 1,1 vezes. O entusiasmo principal foi provocado pelo fato de o exoplaneta ficar na assim chamada "zona habitável", ou seja, as condições no planeta são muito parecidas às da Terra e permitem a existência de água em estado líquido. Em seguida os cientistas supuseram a existência lá de oceanos e lagos. Alguns até começaram a falar sobre uma Terra 2.0. Mas logo seu entusiasmo foi acalmado.
Ainda há muita coisa para estudar
Devido à sua proximidade a estrela, Proxima b gira junto com ela, o que significa que está virada apenas com um lado para o astro, como a Lua para a Terra. Como resultado, uma metade do planeta se aquece muito rápido, enquanto a outra fica sem calor, mas tem zonas na fronteira entre o calor e o frio, cujas condições com alguma reserva podem ser consideradas aptas para a vida.
"É importante entender que se trata de formas de vida parecidas a nossa, quer dizer, de formas de carbono. Claro que podem existir outras, completamente diferentes. O problema é que enquanto as pessoas não entenderem de que formas se trata será bem difícil descobri-las. Por isso os cientistas são obrigados a se orientarem por uma vida extraterrestre parecida com a nossa", explicou Valery Shematovich, pesquisador-chefe do Sistema Solar do Instituto de Astronomia da Academia das Ciências da Rússia.
"A Proxima Centauri pertence à classe das anãs vermelhas. Quando tais estrelas aparecem, são muito ativas, iluminam muito na banda ultravioleta e de raios-X. Acredito que o vento sideral teria literalmente varrido a atmosfera do planeta, mesmo se ela existisse. Mas é apenas uma teoria. Temos de aguardar por instrumentos mais poderosos para obscurecer bem a estrela e examinar melhor o Proxima b", resumiu o analista.