A opinião foi dada por um dos principais cientistas norte-americanos nesta terça-feira, no que poderá ser interpretado por Pyongyang como uma aposta arriscada.
Enquanto os norte-coreanos indicaram que podem colocar os EUA no alcance e apontar um míssil para o país, o general Paul Selva, vice-presidente do Estado-Maior dos EUA, disse que ainda não se comprovou que suas tecnologias de fusão e segmentação podem sobreviver às tensões de voos de mísseis balísticos.
"Eles deram alguns passos, mas ainda é verdade que eles não demonstraram todos os componentes de um sistema de mísseis balísticos intercontinentais", disse Selva a repórteres.
Também não é claro se a Coreia do Norte tem um veículo de reentrada forte o suficiente para retornar à atmosfera terrestre do espaço e lançar uma ogiva nuclear.
"É possível [que o líder norte-coreano Kim Jong-um] os tenha, então temos que apostar que ele os têm, mas não mostrou ainda", avaliou Selva.
No ano passado, a Coreia do Norte testou os ICBMs que tinham o alcance potencial de atingir o continente dos Estados Unidos. Em setembro do mesmo ano, Pyongyang realizou seu sexto e maior teste nuclear, supostamente com uma bomba de hidrogênio.
O programa de armas de Pyongyang viu as tensões na península da Coreia aumentarem nos últimos meses, provocando novas rodadas de sanções e retórica ardente do presidente dos EUA, Donald Trump, e de Kim Jong-un.