A manifestação faz parte de uma série de outros protestos planejados para o mesmo dia em todo o país. Os manifestantes se encontraram em frente à universidade de Jussieu e marcharam em direção aos portões da Sorbonne.
O protesto de estudantes secundaristas está focado sobre as mudanças que serão aplicadas nos exames de admissão na universidade. Os chamados exames de "Bacharelado" são tradicionais do país.
No França, a educação superior é universal, ou seja, todo estudante secundarista tem direito a acessar sistema universitário. No entanto, Macron pretende implementar um sistema de seleção mais restrito. Segundo a mídia local, 60% dos estudantes franceses que entram na universidade não conseguem passar do primeiro ano.
Em 19 de dezembro, a Assembleia Nacional da França votou a favor de um projeto de lei que modifica as condições de acesso às universidades francesas.
A proposta de reforma educacional é uma das promessas de campanha de Macron, que é crítico do sistema nacional de admissão universitária. Segundo ele, o sistema não está à altura do mercado e das necessidades que o sistema superior apresenta.
Devido a isso, os críticos da reforma acreditam que as mudanças propostas fariam com que os estudantes tivessem que fazer escolhas de carreira muito cedo.
Segundo esses grupos, a medida colocaria em risco a igualdade diante do acesso, pois os estudantes mais ricos teriam mais condições para conseguirem a preparação necessária.
Durante os protesto de hoje, a polícia foi deslocada para a Rua del La Sorbonne, ao longo da principal entrada da universidade. Alguns confrontos foram registrados.