Sobre capitulação de Paulus
O comandante do 6º exército, marechal de campo Friedrich Paulus, se rendeu às tropas soviéticas em 31 de janeiro. Na Alemanha a sua capitulação teve o efeito de explosão de uma bomba. Nunca antes um oficial desse nível tinha levantado a bandeira branca.
"O ex-comandante do 6º exército alemão coronel-general de blindados, atualmente marechal de campo, Paulus e o chefe do estado-maior do 6º exército alemão major-general Schmidt […] se renderam às nossas tropas e, em 31 de janeiro de 1943, chegaram ao estado-maior do 64º exército."
Depois é relatado que o comando do Grupo Sul alemão passou de Paulus para um major-general, cujo nome se estava investigando, que ordenou às tropas do Grupo Sul para cessarem as hostilidades e também se rendeu.
Contudo, Paulus se recusou dar a ordem ao Grupo Norte para cessação das operações militares, explicando isso pelo fato de não ser seu comandante. Por isso, esse grupo continuava resistindo.
Um tipo de artigos muito famoso na imprensa militar da época eram as notas sobre façanhas das unidades militares que fizeram alguma coisa extraordinária. O Ministério da Defesa copiou um boletim da 13ª divisão de infantaria, datada de 6 de setembro de 1942, quando o resultado da batalha ainda não era fácil de prever.
Por exemplo, um trecho contava sobre o batalhão sob comando do primeiro tenente Pronkin: "Hoje os soldados na frente vão conhecer as brilhantes façanhas do batalhão sob comando do primeiro tenente Pronkin. Este batalhão heroico dominou, usando uma manobra ousada e habilidosa um bastião inimigo defendido por dois batalhões alemães. Por suas façanhas se distinguiu a unidade heroica sob comando do tenente-coronel Gorelik. Ela resistiu a ofensiva de 130 tanques alemães."
Frequentemente as publicações eram dedicadas a soldados que se distinguiram. Tais materiais aumentavam muito o espírito combativo dos soldados e das unidades onde eles serviam. Era uma grande honra ser referido nas páginas de um jornal da frente.
Por exemplo, uma nota foi dedicada ao soldado do Exército Vermelho Egor Yasnovsky, que era operador de rádio e cada dia melhorava os seus conhecimentos, ajudando também outros soldados.
A maior parte dos documentos publicados pelo Ministério da Defesa são certificados de condecoração. Um dos heróis mais famosos da batalha de Stalingrado, o comandante da seção de metralhadoras do 42º regimento de infantaria da guarda da 13ª divisão de infantaria de guarda, sargento Yakov Pavlov. Ele capturou, com um punhado de companheiros, um prédio na Praça Lenin que depois defendeu dos alemães durante 58 dias.
O documento detalha que deste prédio era possível ver quase toda a cidade de Stalingrado e metralhar a passagem através do rio Volga. Somente com ajuda de outros três soldados, Pavlov conseguiu cumprir a missão de captura do prédio. Cerca de 15 alemães foram eliminados com granadas e tiros de metralhadora de Pavlov.
"Defendendo o prédio dos três lados, os quatro soldados corajosos mantiveram a casa durante 30 dias repelindo, entretanto, mais de 40 contra-ataques e aniquilando um batalhão de infantaria alemã. Pessoalmente, Pavlov eliminou 90 alemães", revelam os documentos. Yakov Pavlov depois foi condecorado e recebeu o título honorário de Herói da União Soviética.
Além disso, no site do Ministério também se podem ver documentos que contam sobre as façanhas de outros heróis da União Soviética, como o sniper Vasily Zaitsev, o atirador de armas antitanque Ilia Kaplunov, o piloto de avião de assalto Nikolai Kochetkov, o tanquista Ivan Morozov, o piloto de caça Ivan Manoilov e outros.